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Gestão de Redes Sociais: A ilusão da facilidade nas organizações

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Gestão de Redes Sociais: A ilusão da facilidade nas organizações

Há muito tempo que as redes sociais funcionam como uma verdadeira praça. Mais do que um mercado em constante mutação, as redes sociais são utilizadas como autênticas vias de comunicação. Isto acontece pois atingimos uma certa maturidade tecnológica. Não de conhecimento, desenganem-se, mas sim de acessibilidade.

Para exercer uma profissão é exigido conhecimento, mesmo que adquirido no exercício da mesma. Uma relação onde entra também a experiência – esta que nos aporta uma maior capacidade de análise e de tomada de decisão. O exercício da gestão de redes sociais é, na sua maioria, exercido por não profissionais. Vulgos mortais com diferentes motivações para ter uma presença em tais locais. Todavia, a gestão das redes sociais, nomeadamente no que toca à gestão da comunicação, é um trabalho que exige conhecimento e experiência, mas também uma boa dose de estratégia.

A gestão de redes sociais de organizações por não profissionais é bastante frequente. Nas tomadas de decisão, impera o “achismo” como bússola para pseudo-boas-práticas. Isto acontece porque as redes sociais surgiram sem avisar, não nos preparando para lidar com situações de responsabilidade, sobretudo quando se trata de empresas, instituições ou organizações não governamentais (ONG´s).

A Internet está cheia de exemplos em que uma má gestão da comunicação nas redes sociais esteve presente, como nos três exemplos abaixo:

1. Empresas: O “Dono” que responde no TripAdvisor/Google

É um clássico em Portugal. Um cliente deixa uma crítica negativa sobre o serviço ou comida. Em vez de uma gestão profissional (pedir desculpa, tentar recuperar o cliente no privado), o proprietário responde publicamente com insultos, frases como “Você não percebe nada de comida” ou “Para clientes como você, mais vale não voltar”.

  • O Erro de Gestão: Falta de inteligência emocional e desconhecimento de que a resposta não é para aquele cliente, mas para os milhares de outros que estão a ler. O gestor amador destrói a reputação digital da empresa por orgulho ferido.

2. Instituições (Juntas/Autarquias): A “Personalização” da Crítica

É frequente ver páginas oficiais de Juntas de Freguesia ou Câmaras onde, perante um comentário de um munícipe a alertar para um buraco na rua ou lixo por recolher, a resposta oficial entra em “bate-boca” político ou diz “Isso já estava assim no mandato anterior”.

  • O Erro de Gestão: O gestor (muitas vezes o próprio autarca ou alguém próximo sem formação) não sabe separar a Instituição da Pessoa/Partido. Transforma uma reclamação de serviço público numa discussão de café, violando o princípio da isenção e do serviço ao cidadão.

3. ONG´s: O Caso “Raríssimas”

Quando rebentou o escândalo financeiro da associação Raríssimas, a estratégia digital inicial nas redes sociais foi desastrosa: em vez de gestão de crise transparente, optaram por apagar comentários negativos e bloquear utilizadores que faziam perguntas legítimas, acabando por fechar a secção de comentários.

  • O Erro de Gestão: Achar que “apagar” resolve o problema. No digital, a censura tem o Efeito Streisand (atrai ainda mais atenção negativa). Faltou formação para gerir uma comunidade desiludida e zangada.

Estes são apenas três exemplos de má gestão das redes sociais que afetam diversos tipos de instituições. Na minha opinião, todos eles têm em comum a falta de conhecimento e de experiência, bem como a ausência de estratégia.

No primeiro caso, a responsabilização da imagem que o privado passa não tem efeitos para a socidade. No limite, os efeitos negativos de uma gestão deficiente pode ter consequências na notoriedade e consequente diminuição das vendas. Está mais do que provado que a comunicação das marcas deve ser cada vez mais cuidada, antecipando más interpretações, mesmo que as intenções sejam as melhores.

No caso de instituições como juntas e autarquias, existe igualmente uma necessidade de profissionalizar a comunicação. Por exemplo, através de consultoria permanente ou formação especializada em comunicação e gestão de crise. Estas instituições têm de perceber rapidamente que desempenham um papel determinante na vida dos cidadãos, e que uma má comunicação pode ter efeitos muito negativos na vida dos cidadãos.

No terceiro caso, pelo papel de ética e responsabilidade social que representam na sociedade, as ONG´s também deveriam profissionalizar a gestão das suas redes sociais. Este é cada vez mais um canal angariador de massa humana, mas também difusor de mensagens, associadas a campanhas de marketing social ou marketing de causas.

Em suma, o tempo em que as redes sociais eram vistas como um “recreio digital” ou um espaço secundário acabou. Hoje, elas são o balcão de atendimento da empresa, o gabinete de apoio ao munícipe e a primeira linha de atuação social de uma ONG. A “ilusão da facilidade” que a tecnologia nos proporciona é perigosa porque nos dá a ferramenta, mas não o manual de instruções ético e estratégico. Gerir esta comunicação sem formação não é apenas um risco operacional; é uma negligência reputacional.

Seja para vender um produto, garantir um voto de confiança ou angariar apoio para uma causa nobre, a resposta não está em publicar mais, mas em publicar melhor. E isso só se alcança quando substituímos o instinto pela técnica, e o “achismo” pela formação qualificada. O mercado e os cidadãos já não perdoam o amadorismo. Vai continuar a improvisar?

Artigo escrito por Mário Almeida


 

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